Ex-secretário municipal de Caucaia, Coronel Aginaldo e a deputada federal Carla Zambelli. — Foto: Reprodução/Redes sociais
Ele já havia pedido
afastamento no fim de maio, alegando “doença em pessoa da família”. A esposa
dele é considerada fugitiva da Justiça brasileira.
Antonio Aginaldo de Oliveira,
conhecido como Coronel Aginaldo, foi exonerado do cargo que ocupava como
secretário municipal de segurança pública de Caucaia, na região metropolitana
de Fortaleza. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município desta
segunda-feira (30).
O documento informou que a
exoneração aconteceu a pedido do próprio, agora, ex-secretário. Coronel
Aginaldo concorreu à Prefeitura de Caucaia em 2024, pelo PL, e ficou em quarto
lugar. Ele é marido da deputada federal Carla Zambelli (PL), condenada à prisão
pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Nas redes sociais, o prefeito
de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), comentou a saída do coronel da Polícia Militar.
“Informo a todos que o coronel Aginaldo pediu exoneração do cargo de secretário
municipal de Segurança Pública, e sua saída está sendo publicada na edição
desta segunda-feira do Diário Oficial”, disse Naumi.
“Quero agradecer ao coronel
pelos serviços prestados e pelo trabalho realizado à frente da nossa segurança.
Reafirmo que seguimos firmes com o nosso compromisso de garantir mais segurança
para toda a população da nossa Caucaia”, complementou o prefeito.
Coronel Aginaldo atuou como
diretor da Força Nacional de Segurança Pública (FNS) em 2019. No Ceará, com o
apoio de Jair Bolsonaro, ele concorreu a deputado federal em 2022, mas não foi
eleito.
Ele também tentou as eleições
de 2024 para a prefeitura de Caucaia, no Ceará, mas ficou em quarto lugar.
No último dia 21 de maio,
Aginaldo já havia pedido afastamento do cargo de secretário de segurança
pública de Caucaia, alegando “doença em pessoa da família”, conforme o Diário
Oficial de Caucaia publicado na data.
Aginaldo é marido da deputada
federal Carla Zambelli, que viajou ao exterior no fim de maio, dias após ter
sido condenada. Considerada fugitiva da Justiça, ela decidiu se afastar do
mandato. Ela é alvo de um inquérito no STF que investiga a fuga.
A investigação foi aberta pelo
ministro Alexandre de Moraes e apura possíveis crimes de coação no curso do
processo e de obstrução de investigação. Carla Zambelli foi condenada à prisão
e à perda do mandato, por unanimidade, pela Primeira Turma da Corte.
Zambelli é apontada como
responsável por articular invasão e inserção de documentos falsos em sistemas
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O nome dela foi incluído na lista de
difusão vermelha da Interpol, onde estão os foragidos internacionais.
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