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| Foto Reprodução |
Após a morte do Papa
Francisco, a Igreja Católica dá início ao Conclave — ritual milenar que define
quem será o próximo líder da instituição. O processo, que mistura política,
tradição e espiritualidade, reúne os cardeais de todo o mundo em um encontro decisivo
dentro do Vaticano, marcado por regras rígidas e simbolismos históricos.
"Quando um Papa morre,
começa um processo que é tanto religioso quanto político: o Conclave. Os
cardeais do mundo todo se reúnem, ficam trancados em um espaço e só saem quando
chegam a um acordo sobre quem será o novo Papa. Não existem candidaturas oficiais,
os nomes vão surgindo e mudando conforme as votações avançam, até que alguém
alcança a maioria absoluta e é escolhido", explica o historiador Rodrigo
Rainha, professor da Estácio.
De acordo com as regras atuais
do Vaticano, o Conclave deve ser iniciado entre 15 e 20 dias após a morte do
Papa. Com isso, a expectativa é que o processo de votação para a escolha do
novo pontífice comece entre os dias 6 e 11 de maio.
"O termo 'Conclave'
surgiu na Idade Média, quando as disputas internas atrasavam por meses ou até
anos a escolha de um novo pontífice. A solução foi trancar os cardeais até que
houvesse uma decisão. A fumaça preta indica que ainda não há consenso, e a
branca sinaliza que o novo Papa foi escolhido. Ao assumir, ele escolhe um nome
que normalmente carrega um símbolo ou tradição da Igreja", completa
Rainha.
Participam da votação apenas
os cardeais com menos de 80 anos, respeitando o limite de 120 eleitores
estabelecido pelas regras vaticanas. Diversas nacionalidades compõem o colégio
de cardeais, refletindo a diversidade global da Igreja Católica.

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