Foto: Reprodução |
O clima não para de ter sua
história reescrita em Porto Alegre no ano de 2024. Depois do maio mais chuvoso
já observado, que foi também o mês com mais chuva em toda a série histórica de
114 anos, desbancando os recordes de chuva de setembro de 2023 e maio de 1941,
a capital gaúcha anotou hoje o seu mais quente de junho até hoje.
O prolongado veranico teve
hoje o seu último dia com calor intenso e muitíssimo atípico para junho com
temperatura máxima de 32,4ºC na estação de referência climatológica do
Instituto Nacional de Meteorologia em Porto Alegre, no Jardim Botânico.
A marca ficou impressionantes
12,1ºC acima da média máxima histórica de junho na capital de 20,3ºC (série
1991-2020) e é um novo recorde de máxima para esta época do ano.
A temperatura máxima de hoje
de 32,4ºC na capital é a maior em junho em Porto Alegre desde o começo dos
registros, batendo a maior marca anterior de 31,6ºC, de 8 de junho de 2006.
Na área metropolitana, o calor
também foi intenso com 33,8ºC em Parobé. Em Novo Hamburgo, na Lomba Grande,
máxima de 32,9ºC, ou 12ºC acima da média máxima histórica da estação.
Em Campo Bom, máxima de
32,4ºC, a sétima mais alta em junho desde o início dos registros em 1985 e que
tem recorde em junho de 32,9ºC em 2006. A estação de Campo Bom mudou de local
durante o período de medições que se iniciou em 1984.
Depois do calor histórico,
vem, chuva. O tempo muda já hoje à noite no extremo Sul do Rio Grande do Sul
com frente fria que trazia temporais na Argentina e Uruguai nesta sexta com
granizo.
A frente traz de volta a chuva
neste sábado para grande parte do estado e que seguirá no território gaúcho por
vários dias seguidos, já que a instabilidade não conseguirá avançar pelo
bloqueio do ar seco e quente no Centro do Brasil.
Há enorme preocupação entre as
pessoas de que a chuva deste fim de semana possa repetir o desastre no final de
abril e no começo de maio, mas isso não vai ocorrer. Os volumes do fim de
semana, embora altos, não serão suficientes para repetir o começo de maio.
Então não há com o que se
preocupar? Há, sim. A chuva será volumosa em parte do Rio Grande do Sul e,
mesmo sob condições normais, seria capaz de causar problemas, como alagamentos
e transbordamento de cursos menores, como arroios.
Só que não são dias normais. A
rede de esgotos em Porto Alegre e outras cidades está tomada de lixo e terra
depois da chuva extrema e as enchentes de maio. Além disso, há muito lixo e
entulho nas ruas nas áreas que inundaram.
E como vai ser este fim de
semana? Neste sábado, o sol aparece com nuvens com começo de dia abafado, mas
chove desde cedo no Sul e até o fim do dia em várias regiões, com baixos
volumes no geral.
No domingo, por sua vez, a
chuva será ampla e forte em vários pontos do Centro para o Norte gaúcho com
registros de 50 mm a 100 mm e isoladamente superiores. Semana que vem reserva
mais água com os maiores volumes na Metade Norte, sobretudo no Noroeste.
A MetSul Meteorologia está nos
canais do WhatsApp. Inscreva-se aqui para
ter acesso ao canal no aplicativo de mensagens e receber as previsões, alertas
e informações sobre o que de mais importante ocorre no tempo e clima do Brasil
e no mundo, com dados e informações exclusivos do nosso time de
meteorologistas.
Foto: Reprodução
0 Comentários