Os dados indicam crescimento de 18 % no último ano e a expectativa para 2023 é de crescer 19%
O setor de segurança eletrônica faturou aproximadamente R$ 11
bilhões em 2022. O Panorama do Mercado, apresentado hoje pela ABESE –
Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, mostra
que o setor manteve o ritmo de crescimento, superou a expansão de 14%
registrada em 2021 e alcançou as projeções apresentadas pela última pesquisa
que indicavam crescimento de 18% para 2022. Os números refletem a renovação de
produtos já implantados em projetos antigos e de atualização tecnológica devido
à implementação de tecnologias novas como a IA (Inteligência Artificial) e as
novas tecnologias de telecomunicação como o 5G, além da adesão de novas portarias
remotas por condomínios em todo Brasil.
“É notável que nos últimos anos houve uma popularização dos
sistemas eletrônicos de segurança, muito impactada pelo avanço tecnológico que
tornou a instalação mais fácil e os resultados mais efetivos e rápidos. Há uma
demanda crescente por soluções que possam atuar de maneira proativa para evitar
alguns eventos, como as baseadas em Inteligência Artificial, por exemplo.
Vislumbramos uma demanda reprimida que exigirá ainda mais contratações para o
setor”, afirma Selma Migliori, presidente da Abese.
90% da indústria pensa em contratar funcionários em 2023
O levantamento mostra que o setor de segurança eletrônica é
composto por mais de 33,5 mil empresas que juntas são responsáveis pela
promoção de cerca de 1 milhão de empregos diretos e mais de 3 milhões de empregos
indiretos. Para 2023, o levantamento realizado pela Abese aponta um resultado
animador: 90% da indústria pretende contratar funcionários no regime CLT para
atuar na área técnica. Outras áreas com oportunidades de vagas são comercial
(72%) e administrativa (54,5%). ipais: o crescimento do setor e a falta de mão
de obra qualificada. A oferta de vagas é tamanha que nós estamos ampliando
nosso programa de qualificação profissional através da Academia Abese e de
parcerias para atrair e preparar profissionais interessados”, aponta Selma
Migliori.
Em outros segmentos do mercado, como na categoria referente à
Prestação de Serviços a estimativa de contratação para a área técnica é ainda
maior, todas as empresas ouvidas pela pesquisa pretendem contratar profissionais
com viés técnico ainda este ano. No geral, todos os setores da segurança
eletrônica apontam para crescimento nas contratações até o final de 2023.
Setor da Indústria alcança maior crescimento do mercado
O estudo realizado pela Abese abarcou diferentes segmentos da
Segurança Eletrônica: indústria, distribuidores, desenvolvedores de SW,
prestação de serviços de instalação, manutenção, videomonitoramento 24hs e
prestação de serviços de portaria remota. Dentre as categorias, a que
apresentou maior taxa de crescimento médio foi a indústria, com 22%, superando
o resultado geral do mercado.
Todos os segmentos ouvidos pelo Panorama de Mercado da Abese 2022
apresentam crescimento, contudo, outro setor também se manteve acima da média
geral, os desenvolvedores de softwares. “Os desenvolvedores são essenciais para
diversas verticais da segurança eletrônica, como soluções de
videomonitoramento, controle de acesso, gestão de serviços operacionais,
rastreamento, telemetria, entre outras, para possibilitar o funcionamento, a
integração e a adesão às novas tecnologias. Os resultados do segmento são
especialmente positivos, mas, sobretudo sustentáveis, o que é ainda mais
animador. Sozinho, o setor da indústria faturou R$ 33 milhões em 2022 e aponta
para uma perspectiva de crescimento de 25% em 2023”, explica Selma Migliori.
Para os anos seguintes, a presidente da Abese, pondera que os
empresários da segurança eletrônica podem atuar de maneira muito mais
abrangente em projetos, sobretudo, aqueles que fazem parte do ecossistema de
cidades inteligentes. “Apesar do impacto crescente na economia brasileira, a
segurança eletrônica ainda carece da aprovação do Estatuto da Segurança
Privada, em trâmite no senado federal, que representará relevante marco legal
para a reorganização formal das empresas do segmento para poderem participar de
consultas públicas e editais, por exemplo”, finaliza.
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