Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O presidente do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), ministro Humberto Martins, concedeu hoje (22) prisão
domiciliar ao prefeito afastado do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Pela
decisão, Crivella será monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido
de manter contato com terceiros e de falar ao telefone. Ele também deverá
entregar aparelhos telefônicos, computadores e tablets às autoridades.
Na manhã
de hoje, Crivella foi preso por determinação da
desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, da 2ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A prisão do prefeito e de
outros investigados foi realizada em ação do Ministério Público do Estado do
Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil, como desdobramento da
Operação Hades, que apura corrupção na prefeitura da cidade e tem como base a
delação do doleiro Sergio Mizrahy.
Na decisão,
o presidente do STJ entendeu que Crivella pode cumprir medidas cautelares
diversas da prisão. “Não obstante o juízo tenha apontado elementos que, em
tese, justifiquem a prisão preventiva, entendo que não ficou caracterizada a
impossibilidade de adoção de medida cautelar substitutiva menos gravosa”,
afirmou o presidente da corte.
No habeas
corpus, a defesa de Crivella afirmou
que a prisão é ilegal e uma demonstração de criminalização da política. “A
prisão foi decretada com base em presunções genéricas e abstratas, desamparadas
de qualquer base legal, sendo certo que o prefeito terá sua inocência
demonstrada no curso do processo.”, declararam os advogados.
Ao chegar à
Cidade da Polícia após ser preso, o prefeito atribuiu a sua prisão a uma
perseguição política. “Perseguição política. Lutei contra o pedágio ilegal e
injusto, tirei recursos do carnaval, negociei com o VLT. Foi o governo que mais
atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro”, afirmou.
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