Um cearense de 36 anos morreu após
fazer um mergulho na praia da Redinha, em Natal, no Rio Grande do Norte, na
manhã desta quarta-feira (5). De acordo com a delegada Dulcinéia Costa, da
Delegacia Geral da Polícia Civil (Degepol) no RN, José Teixeira da Silva Neto
estava em uma lancha em alto mar e mergulhou sem o auxílio de equipamentos de
oxigênio.
Segundo
a delegada, o cearense estava na companhia de um amigo, que não mergulhou. Foi
ele, conforme a polícia, quem encontrou o corpo de José Teixeira após ele
mergulhar e não retornar à superfície. O corpo da vítima não apresentava sinais
aparentes de violência.
José
Teixeira da Silva Neto morava em Natal e era dono de uma pizzaria no Bairro
Parnamirim, na Região Metropolitana da cidade. O corpo da vítima foi
encaminhado para o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), onde passou
por perícia. Não há informações se o corpo da vítima será velado no Ceará.
Desde o dia 24 de janeiro, o
celular com a tela trincada, que vez ou outra era utilizado para fazer e
receber chamadas, já não sai das suas mãos. Exceto, quando tem que focar no
trabalho. As informações são do O Livre.
O
homem que há mais de 40 anos lava carros no Centro Político Administrativo de
Cuiabá teve que se habituar rapidamente às conversas via WhatsApp, que além de
texto e áudios, incluem vídeo-chamadas.
É
que só agora, depois de cinco anos, Antônio Francisco de Araújo Nunes, 52,
enfim, descobriu o paradeiro de sete filhos desaparecidos.
Desde
então, troca mensagens o dia todo com a filha Verônica, de 19 anos. Ela o
informa sobre os irmãos, que assim como ela, acreditavam que o pai estava
morto.
“Quando
cheguei do trabalho, não tinha ninguém em casa. Nem a mulher, nem os filhos.
Roupas, documentos… estava tudo lá. Pensei: ‘foram dar uma volta’”.
O
cachorro latiu quando era de noite, mas não era sinal de que estavam chegando.
“Passou um dia, dois, três. Fui ficando desolado. Procurei em hospital,
delegacia, ninguém sabia deles”.
Segundo
Antônio, a angústia abriu terreno para um período obscuro. “Sem notícia alguma,
comecei a beber demais, era muito desespero”. Logo, encontrou certo equilíbrio
na igreja.
Porta do Carumbé
“E
um dia o pastor disse que quem quisesse receber uma bênção tinha que levantar a
mão, daí ele foi pedindo para um ou outro ir abaixando os braços, até que só
sobrou eu. Fui à frente para receber a bênção. E ele me disse: ‘não se
desespere, Deus vai abrir uma porta para você’”.
No
dia seguinte, uma segunda-feira, Antônio deixou o carro em uma autoelétrica na
Avenida dos Trabalhadores e pediu a moto emprestada a um amigo, porque
precisava pegar R$ 100 de um cliente.
Toninho,
como é conhecido, foi parado pela polícia que lhe informou que a moto era
roubada. “A tal porta era do Carumbé”.
“Depois
de ser solto, voltei na igreja e dei meu testemunho. O pastor disse que, se
Deus havia me colocado lá dentro, era porque estava me protegendo de algo
durante os três dias que fiquei preso, sem dever nada. Aí me desiludi com a
igreja”.
Os
R$ 100 que havia recebido e com os quais fora preso, foram devolvidos há pouco.
“Estou esperando sair a sentença, porque penso em pedir indenização por danos
morais”.
Bebida da encruzilhada
Se
já não bastasse a sucessão de tensos momentos, quando chegou em casa, depois
dos três dias em que ficou preso, ao abrir a porta, Antônio encontrou o
cachorro morto.
Diante
do episódio inesperado (a prisão), o cão ficou sem comer e beber água.
“Eu
desisti da igreja, né? Mas eu fui fraco, porque Deus me provou e, ao invés de
continuar firme, abandonei tudo”.
E
quando ele se pega pensando porque sua vida, que incluía um casamento de 16
anos acabou desandando, só vem um episódio à mente de Antônio.
“Era
um dia de Natal. Passei por uma encruzilhada em que havia uma oferenda com
pinga, champanhe e fumo. Eu não acreditava nessas coisas. Tomei um gole da
pinga, a mulher colocou a champanhe na geladeira e a dividimos. Depois disso,
minha vida virou de cabeça para baixo. Passamos a brigar muito”.
Fonte: Site Miséria