O Ceará tem, até o momento, 7 casos confirmados de Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocada pelo vírus A H1N1. Segundo
informações da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), três pessoas
morreram em face da doença neste ano. Além destes, o Estado também contabiliza
um caso de SRAG causada pelo vírus influenza B.
Os dados
são referentes ao período de 1º janeiro a 14 de abril deste ano. Em
2017, o Ceará registrou 36 casos de SRAG por influenza (vírus A H1N1 e B) e
cinco óbitos.
Diante do
cenário epidemiológico observado, a Secretaria orienta aos profissionais de
saúde que sejam notificados todos os casos internados ou aqueles que tenham
evoluído para óbito.
De acordo
com a Sesa, a campanha nacional de vacinação contra a
influenza deve ter início no próximo dia 23 e seguirá até 1º de junho. O
dia 12 de maio será o dia "D" de mobilização nacional.
Fazem
parte dos grupos prioritários da imunização crianças de 6 meses a 5 anos de
idade; trabalhadores de saúde; gestantes; puérperas; população indígena; idosos
de 60 anos ou mais; portadores de doenças crônicas; adolescentes e jovens sob
medidas socioeducativas; funcionários do sistema Prisional.
Ao todo,
cerca de 2,2 milhões de doses serão distribuídas para os 184 municípios
cearenses. A meta da Sesa é atingir 90% de cobertura vacinal entre os grupos
prioritários.
População
também busca clínicas particulares
Temendo a
transmissão pelo vírus H1N1 e com pressa por uma imunização, muitas pessoas têm
procurado clínicas particulares e, mesmo assim, enfrentado filas e tempo de
espera. Na Clínica de Vacinação Dra. Núbia Jacó, na Aldeota, desde sábado (14),
estão sendo distribuídas, em média, 700 vacinas. O normal é de 70
unidades por dia.
“O que
temos percebido é que muita gente, a grande maioria com crianças, vêm com
bastante pânico. No começo identificamos muitas fake news, mas é importante não
esquecer de que este vírus realmente não é inofensivo”, explica o Dr. João
Cláudio Jacó, diretor da clínica.
Segundo o
diretor, a clínica abriu no último domingo (15) e provavelmente também atenderá
no próximo (22). Sempre neste período de chuvas, ele conta que o espaço recebe
esse número maior de pacientes, a grande maioria com crianças. Ele ressalta que
o atendimento na instituição é de 10 minutos para espera e mais 10 para o
momento da vacina em si.
No
entanto, a paciente Marilene Costa e Silva, 63, esperava há meia hora quando
falava com a reportagem. “Vou esperar, mesmo ainda tendo 100 pessoas na minha
frente. Vou esperar porque estou preocupada”, conta a senha número 303.
Na
clínica Imunize, ao meio dia as doses já tinham acabado. A empresária Rachel
Cavalcante levou os dois filhos, de três e oito anos, para tomarem a vacina.
“Estamos aqui por causa do pânico. Não queremos passar por isso. É mais por
medo mesmo”, relata. Nesta clínica, as doses só retornarão ao número normal na
sexta.
O
empresário Eduardo Filomeno levou o pequeno Rafael, 3, para tomar pela segunda
vez a vacina contra o H1N1. Teve sorte ao pegar uma das 40 doses restantes da
manhã, mas não conseguiu uma para si mesmo, só para o filho. “A prioridade é
ele”, resume. O preço nas duas clínicas é de R$140.